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quinta-feira, outubro 30, 2003

Céu como horizonte...

Sou como ave perdida no tempo
Tenho o céu como horizonte
E o horizonte como céu
Numa era perdida nas memórias do nada
Onde tudo é fantasia...

Onde tudo é nada...

Estico as asas,
Devagar, num gesto melancólico
Abraçando o nada
Sentido o auge de liberdade
Que sem ti sabe a tão pouco..

Mas já que contigo não posso estar
Resta-me delirar numa era putrefacta
Que afecta os meus sentidos e me atordoa
Deixando-me numa fantasia sonhada...

Assim vivo, do nada, para o nada...
Numa liberdade entre infelicidades que me atormentam
Ao menos poetizo (que egocentricidade minha...)
Já que o real é a vida desgraçada
Onde se ama sem olhar a nada
E onde vive a minha alma...
...devastada...