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quinta-feira, outubro 30, 2003

Sou um aprendiz de viajante


Sou um aprendiz de viajante
Que viaja rumo ao mar,
Tentando encontrar
A forma certa d’amar...

Navego procurando, se procuro
Desejo, se desejo amo,
Se amo fico tonto,
E quando fico tonto apenas me encontro,

No louco desencontro
Que é a vida.
Um louco sonho,
De quem anda de cabeça perdida.

Agora que já estou perdido,
Tento navegar pela maré
Sem perder o pé,
Ou deixar-me levar como pobre renascido

Assim já perdido e encontrado,
Procuro o norte
Batendo o vento forte
E sendo, pela maré, o barco maltratado...

Mas a luz que guia a alma
Não desvanece
E teima, reaparece,
Mas numa louca vida ela nos rejuvenesce...

Se me chamam louco,
Eu o aceito
Porque meu pensamento é rouco (mouco?),
Quando de ti vem aquele jeito...

Conheci Elianas,
E outras tais
Com nomes diferentes,
Pois são especiais...

No final do dia
Já só um pensamento me iria tocar
Voltei a amar
Como alma perdida que se volta a encontrar...